REVIEW: O QUE ESTÁ ALÉM DE “NENHUMA ESTRELA”? NOVO DISCO DO TERNO REI

REVIEW: O QUE ESTÁ ALÉM DE "NENHUMA ESTRELA"? NOVO DISCO DO TERNO REI | ON REPLAY | RESENHA

Está no mundo. O quinto álbum de estúdio do Terno Rei foi lançado nesta terça-feira (15). O disco traz treze faixas, incluindo os três singles previamente divulgados neste ano: Nada Igual, Próxima Parada e Nenhuma Estrela, música que dá nome ao projeto.

TERNO REI E A TRAJETÓRIA

São 15 anos de carreira e um crescimento constante que é inegável. Por isso, antes de mergulhar no novo álbum, é preciso reconhecer a trajetória construída pela banda paulista formada por Ale Sater (voz e baixo), Bruno Paschoal (guitarra e sintetizadores), Greg Maya (guitarra) e Luis Cardoso (bateria).

O que o Terno Rei vem desenhando ao longo dos anos é uma identidade única — visual, sim, mas principalmente sonora. E é justamente esse diferencial que, com o tempo, tem feito com que a banda conquiste um público cada vez mais fiel e amplo.

O QUE ESTÁ ALÉM DE NENHUMA ESTRELA?

Entender a grandeza de Nenhuma Estrela é olhar para trás e perceber o fio que conecta os álbuns Vigília, Essa Noite Bateu Com Um Sonho, Violeta, Gêmeos e agora este novo lançamento. E a resposta está na essência. Podemos, sim, notar um amadurecimento — afinal, os anos passam, os temas mudam e há uma necessidade natural de falar sobre o novo. Especialmente sobre novos sentimentos.

Nenhuma Estrela é a concretização dessa evolução — mérito também do time incrível que tem trabalhado com eles nos últimos tempos.

É bonito ver como, mesmo depois de 15 anos de história, eles entregam algo totalmente novo, original, mas sem abrir mão da identidade. Os vocais únicos de Ale Sater e o instrumental cuidadoso e inteligente da banda tornam cada faixa uma experiência própria.

FAIXAS EM DESTAQUE

O novo disco é, sem dúvida, um convite à apreciação. É dar o primeiro play com atenção em cada detalhe, cada nuance. Depois, sim, vale se deixar levar pelas mais dançantes. O álbum começa com faixas já conhecidas, os singles, mas a calmaria de Peito, faixa de abertura, emociona já nos primeiros segundos: “eu quero te provar, que fugir da escuridão, eu sei que dá.”

Casa Vazia é uma ótima surpresa, mas destaco o impacto de Pega e Programação Normal — faixas que me transportaram. E tenho certeza de que, ao vivo, criarão uma atmosfera única. (Contamos os dias para isso.)

Falando em parcerias: Nenhuma Estrela conta com a participação de Lô Borges na canção Relógio e com os vocais lindos e limpos de Clara, da banda Paira, em Tempo. O disco, ao longo de sua jornada, traz perguntas, algumas respostas e, mais do que isso, promove reflexão sobre a vida, os ciclos, as emoções.

Talvez Acordo seja um dos melhores encerramentos de disco. A faixa tem versos fortes e deixa aquele sentimento bom de querer voltar ao início. O famoso repeat.

A produção é assinada também por Gustavo Schirmer, com mixagem de Nicolas Vernhes. As composições seguem com a assinatura talentosa de Ale Sater, algumas em parceria com Bruno Paschoal.

Dá para entender quando os integrantes falam sobre o amadurecimento da banda e como esse álbum o representa. Concordo. Mas mais do que isso, vejo Nenhuma Estrela como um reflexo sincero desse crescimento — algo único, forte e verdadeiro.

Fica aqui o convite: ouça hoje. Dê o play.

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