Play & Pipoca | Daisy Jones & The Six: A última música [RESENHA FINAL]



Chegou ao fim um dos maiores sucessos de 2023, e eu confesso que não estava pronta para me despedir. Daisy Jones & The Six finalizou a sua temporada de forma avassaladora, satisfatória e com um sabor maravilhoso de quero mais. Ao todo foram 10 episódios lançados durante o mês de março, que ecoam até agora através de rumores sobre uma possível turnê da banda, ou até mesmo uma 2ª temporada. Será que vem aí?

OPINIÃO:

Os dois últimos episódios foram excelentes, afinal, a série já vinha de uma ótima crescente que atingiu o seu ápice no episódio final. O que foi aquela sequência de imagens durante o último show da banda em Chicago? Eu amei a dinâmica entre mesclar momentos do show, com outros que haviam acontecido horas antes, justificando o porquê do grupo não ter mais condições de permanecer junto, além é claro de nos render performances maravilhosas e takes muito emocionantes.

O arco de redenção da Daisy também foi lindo de assistir, afinal, ela entendeu que na posição que ela se encontrava e o envolvimento com Billy nunca daria certo naquela fase da vida deles. O que não descarta a possibilidade deles ficarem juntos 20 anos depois, quando acontece o reencontro dos dois. 

Aliás, os últimos 20 minutos de série foram de choro atrás de choro. Mortes, términos, reabilitação, cada membro da banda seguindo o seu caminho. Uns com mais êxito e sucesso que outros, mas todos viveram bem de certa forma. É aí que entra o plot principal do livro, com leves mudanças, mas bem abordado na série: a identidade da entrevistadora do documentário é revelada, e ela é ninguém menos do que Julia Dune, filha de Billy e Camila.


 
A paixão pela banda e por ter vivido durante a época do seu repentino sucesso, fez com que Julia crescesse e produzisse um documentário contando toda a história por trás do fim de Daisy Jones & The Six. E é durante uma entrevista com o seu pai, Billy Dune, que é também revelado outro plot: Camila faleceu em decorrência de um câncer e não pôde concluir sua participação no documentário.

Para quem não reparou ao longo da série, toda a aparição da Camila durante as entrevistas dava pistas de que ela estava doente, e apesar de saber que ela também morre no livro, a dor de assistir a cena foi tão impactante quanto a leitura.

Os minutos seguintes após as revelações são um misto de alegria e tristeza, afinal, sabemos que estamos no fim da série.

Daisy Jones & The Six pode não ter sido uma adaptação épica, e divide opiniões entre os leitores do livro, mas como série ela foi ótima e funcionou muito bem. Consegui compreender e gostar de várias mudanças que fizeram. Acredito que livro e série (ou filme) são produtos diferentes. Nem tudo o que está no livro funciona em uma série, é aí que as mudanças precisam ser feitas, nesse caso, quase todas foram muito positivas para mim. 

As atuações de Riley Keough, Sam Claflin, Camila Marrone e Nabiyah Be são o grande destaque do elenco. Me apaixonei por cada detalhe audiovisual da série, ambientação, figurino, fotografia, trilha sonora. Mas sem dúvidas, o que vou levar para vida são as canções originais, inclusive, aposto que irão faturar alguns prêmios com elas e torço muito por isso.



Será que vem uma segunda temporada por aí? Confesso que não acho necessário, pois para mim, a história se encaixa apenas no formato de minissérie. Mas super apoio um episódio especial focado na composição e gravação da música que a Camila pediu para Daisy e Billy fazerem, antes de sua morte. Semelhante ao que a HBO fez nos episódios especiais de Euphoria.

De uma coisa eu tenho certeza: o Prime Video está aprontando


Daisy Jones & The Six mal chegou, mas já se tornou uma das minhas séries (e bandas) favoritas. A série é do tipo que você pode indicar para alguém sem medo, porque sabe que as pessoas vão gostar ou se identificar com pelo menos alguma coisa e tem certeza de que serão cativadas pelas músicas. E falando nisso, uma onda de especulações sobre uma possível tour da banda está ganhando cada vez mais força, e eu simplesmente amo essa ideia. Se rolar e vierem ao Brasil, com certeza estarei lá. 


NOTA: ⭐⭐⭐⭐


Victória Rocha

Pode me chamar de Vic! Uma jornalista apaixonada por música, livros, séries, filmes e tudo o que envolve a cultura pop.

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