O mais novo sucesso da semana na Netflix passou arrasando alguns corações e deixando vários telespectadores em posição de barril.
'Ainda Estou Aqui' traz a história de Tessa (Joey King), que viveu bons anos em lares adotivos e tem uma visão negativa da vida. Contudo, seu caminho cruza com Skylar (Kyle Allen) sendo desafiada a acreditar no amor, que até então era algo fora de sua realidade.
Mas como um bom drama adolescente nem tudo é apenas sobre o amor e é justamente o que fez o filme ser o mais assistido da semana de sua estreia na plataforma de streaming.
Com a perda do grande amor, a protagonista ainda segue em estado grave e acredita durante sua recuperação que de uma forma ele está em contato com ela mesmo após a morte.
O roteiro assinado por Marc Klein trabalha em duas linhas temporais: na primeira, Tessa tenta se recuperar do acidente, bem como do trauma e da perda de Skyler; já na segunda, é possível ver e entender o envolvimento do casal. Ademais, é impossível ignorar que lado a lado estão os temas: o amor que modifica e o processo de aceitação da perda.
No entanto, a questão que fica é se 'Ainda Estou Aqui' é baseado ou não em uma história real.
E sim, a trama foi baseada em uma experiência vivida por Marc Klein há pouco mais de 15 anos atrás. O filme é baseado em seu livro homônimo onde o autor conta a perda de sua namorada em um acidente.
Após o ocorrido ele passou a viver alguns fenômenos estranhos, por isso começou a trabalhar em um livro a partir dessa ideia, que logo ganhou a Netflix e seguiu para o processo de adaptação cinematográfico.
ON REPLAY OPINA
Apesar de lembrar 'Ghost - Do outro lado da vida' e ter uma premissa incrível para ser trabalhado, 'Ainda Estou Aqui' se estende mais do que o necessário e deixa algumas lacunas quando o assunto é a vida após a morte.
Mesmo com os breves momentos da médium explicando a Tessa sobre a existência do outro lado após a vida e os sinais de Skylar, a explicação ainda é vaga para o telespectador que se prende facilmente para entender melhor essa relação de comunicação pós morte.
Além disso, a ausência da profundidade e finalização entre essa comunicação entre Tessa e Skylar se estende muito até que ambos resolvam suas pendências nos minutos finais, quando a protagonista vive um processo de quase morte.
Logo, assim que Tessa volta a vida o seu processo de luto e superação ganha destaque nos minutos finais do filme. Após o último encontro, Tessa se sente pronta para seguir em frente, tendo mais segurança emocional e profissional e ela usa sua experiência e a compartilha juntamente a arte que é apaixonada: a fotografia.
Por fim, tratando-se de superação, o filme é claro em suas mensagens de não perder tempo por motivos banais ao lado de quem amamos, deixando explícita a mensagem de que não há depois, não há tempo infinito e muito menos um "para sempre" do lado de cá.